Chicago estuda criar um imposto local sobre apostas esportivas online como alternativa para enfrentar um déficit de US$ 1,2 bilhão. A medida pode render milhões à cidade e soma-se a discussões sobre legalização de máquinas VGTs para ampliar a arrecadação.
Chicago estuda novo imposto sobre apostas esportivas online para combater déficit bilionário

Diante de um déficit orçamentário estimado em US$ 1,2 bilhão, a Câmara Municipal de Chicago avalia a criação de um imposto municipal sobre apostas esportivas online como alternativa para ampliar a arrecadação.
A proposta surge em meio a uma série de aumentos já promovidos pelo estado de Illinois no setor de jogos. Agora, o governo local quer explorar a receita gerada pelas plataformas móveis de apostas, que representam mais de 90% do volume apostado atualmente.
Durante uma sessão recente, a vereadora Jeanette Taylor reforçou a urgência de novas medidas, especialmente para combater máquinas de sorteios ilegais em comunidades vulneráveis. Segundo Taylor, aplicar impostos sobre as casas de apostas esportivas digitais seria uma solução mais prática e lucrativa. “As pessoas jogam o tempo todo. A cidade precisa arrecadar com isso”, afirmou.
A diretora financeira de Chicago, Jill Jaworski, confirmou que a administração do prefeito Brian Johnson já realizou estudos sobre a viabilidade do novo imposto, embora os detalhes da alíquota ainda não tenham sido divulgados.
Hoje, Chicago já cobra 2% sobre a receita bruta de apostas esportivas físicas, o que gera entre US$ 400 mil e US$ 500 mil por ano. Com a tributação das plataformas móveis, especialistas acreditam que a cidade poderia arrecadar milhões de dólares adicionais.
💸 Tributação já pesa no setor
A possível nova cobrança municipal se somaria à recente reforma tributária estadual, que aumentou de forma significativa os custos para operadoras como FanDuel, DraftKings e Fanatics. Algumas passaram a repassar esse valor aos apostadores por meio de taxas fixas por aposta.
🎰 VGTs: outra frente de arrecadação em debate
Além das apostas online, a cidade discute a liberação dos terminais de jogos eletrônicos (VGTs), semelhantes a caça-níqueis, atualmente proibidos em Chicago. Propostas dos vereadores Gilbert Villegas e Anthony Beale preveem a liberação parcial ou total dessas máquinas, com potencial de arrecadação de até US$ 10 milhões por ano.
Apesar de o valor estimado ser inferior ao esperado com os caça-níqueis do futuro cassino Bally’s Chicago, em construção, parte do Conselho defende que a cidade precisa explorar todos os canais possíveis para gerar receita rapidamente.